Ao aprender inglês, falantes nativos de português brasileiro muitas vezes se deparam com diferenças estruturais significativas entre os dois idiomas. Algumas dessas diferenças podem ser bastante desafiadoras devido às características únicas das construções gramaticais em português.
Uma das principais diferenças está no uso dos tempos verbais. Por exemplo, em português, usamos muito o pretérito perfeito composto do indicativo ("Eu tenho falado") para expressar uma ação que começou no passado e continua no presente. Em inglês, essa ideia é expressa pelo present perfect ("I have spoken"), mas o uso é mais restrito e muitas vezes confunde os aprendizes porque não é usado tão frequentemente quanto em português.
Outra estrutura única do português é o uso do gerúndio para expressar ações simultâneas, como em "Estou lendo enquanto como". Em inglês, essa simultaneidade geralmente requer a conjunção "while" para ser clara: "I am reading while I eat".
Além disso, o português brasileiro utiliza pronomes sujeitos opcionais devido à conjugação verbal que já indica a pessoa do discurso. Por exemplo, é possível dizer tanto "Eu vou" quanto "Vou" para expressar a mesma ideia. No inglês, o pronome sujeito não pode ser omitido: sempre devemos usar "I go", nunca apenas "go".
A ordem das palavras também apresenta variações notáveis. Em português, é comum a flexibilidade na posição dos adjetivos ("uma casa grande" ou "grande casa"), enquanto que em inglês a posição mais comum dos adjetivos é antes do substantivo ("a big house").
Essas são apenas algumas das diferenças gramaticais que podem surgir ao aprender inglês como falante nativo de português brasileiro. Compreender essas peculiaridades ajuda no processo de aprendizado e na fluência do novo idioma.